O Banco Central do Brasil acaba de lançar uma nova funcionalidade para o PIX: a Contestação. Apelidada nas ruas de “PIX bomba”, “PIX bate e volta” ou até mesmo “PIX elástico”, a novidade promete agitar o mundo das transações instantâneas.
De um lado, a ferramenta surge como um escudo contra fraudes, permitindo que o usuário, ao perceber que caiu em um golpe, apenas aperte o botão de contestação e veja o dinheiro ser imediatamente congelado na conta de destino. Uma arma poderosa contra estelionatários digitais que fazem vítimas todos os dias.
Mas do outro lado, a novidade abre espaço para um campo minado de problemas. O mesmo recurso que pode salvar uma vítima de golpe pode virar instrumento para o golpista se passar por vítima. Imagine a cena: você paga o táxi via PIX, chega em casa e, minutos depois, o passageiro “contestador” cancela a transação. O motorista, que prestou o serviço de boa-fé, fica sem o pagamento.
O funcionamento:
•Assim que a contestação é feita, o banco de destino bloqueia o valor na hora.
•As instituições financeiras têm sete dias para analisar e decidir quem tem razão.
•Só não vale para casos de erro de digitação ou arrependimento de compra — mas quem garante que o contestador não tentará mesmo assim?
O escândalo:
Especialistas já chamam de “pix elástico”, porque o dinheiro vai e volta dependendo de quem grita mais alto.
•Para os consumidores: uma luz no fim do túnel contra os golpistas.
•Para os comerciantes, motoristas de aplicativo, taxistas, prestadores de serviço em geral: um risco gigantesco de calote oficializado.
O alerta:
Se a medida for usada de má-fé, o PIX, que nasceu para facilitar, pode se transformar na arma perfeita para o golpe do falso contestador.
Bomba, bomba, bomba: a revolução que poderia salvar milhões em fraudes pode, ao mesmo tempo, abrir a maior porta da história para novos tipos de golpes.
